Olá, meus amores. Tudo bem?
Você já leu ou tem interesse em ler algum
conto de Mário de Andrade? Bom, trago hoje uma resenha sobre um de seus
melhores contos: O peru de natal, que é sem dúvida uma história fantástica, que
nos faz refletir sobre como uma simples ação pode mudar completamente o cenário
de uma família inteira. Foi publicado em 1947 na coletânea “Contos Novos”, após
a morte do autor.
A história se inicia
com um discurso de Juca, protagonista-narrador, sobre como era a vida de sua
família antes da morte seu pai e de como a personalidade pragmática deste
afetava a família de certo modo. Juca dá um breve relato de como a vida deles
havia mudado deste o falecimento, afirmando como o luto não sumira com o tempo,
acabando por se tornar mais obrigação do que tristeza. Porém, Juca pensava
diferente, não queria ter uma vida repleta de amargura. Por isso teve uma ideia, o que era frequente,
já tinha a fama de realizar “loucuras” na família. A loucura era simplesmente
comer um peru no natal.
A
ideia central do conto gira em torno de uma luta entre o luto e a superação da
família quanto à morte do ente querido. O conto nos mostra uma visão de que o
luto muita vezes pode dominar o circulo familiar, pois a figura do falecido pôde
ainda influenciar muito nas escolhas de vida da família. Como por exemplo, a
miséria auto imposta pelo pai de Juca que continuava a perpetuar no cotidiano
da família mesmo após a morte deste.
A história começa de uma
forma intrigante e continua a nos prender até o final. Possui descrições
sucintas e formidáveis. O autor aproveita de recursos interessantes para a
construção de suas sentenças, mostrando que o modo como se utiliza a linguagem
é um fator muito importante para a criação de um texto. O conto é capaz de
comover ainda mais os leitores através do modo como é contado.
Utilizando de uma
parábola simples, Mário consegue construir uma história impressionante.
Acrescentando ao leitor e provocando reflexões a respeito de condutas humanas
em situações de dor e superação. Pode-se
concluir a partir do conto, que a única forma de superar o falecimento de
alguém é a relembrança dos momentos bons ao lado desta pessoa, é falar
abertamente sobre ela e enfrentar sua imagem de frente, ao invés de
simplesmente afastá-la.
A compra da coletânea em que o conto se encontra está disponível nos sites: Estante Virtual, Saraiva e Submarino.
E ai? Já leu o conto? Gostou?
Interessou-se pela leitura?
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Volte sempre.
Beijos, Jess.
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